domingo, 29 de julho de 2012




    Você sabe como é querer seguir e não ter para onde ir? 


    As pegadas que deixei no meu passado não foram eficazes para fazer um caminho reverso, vejo meu futuro como uma luz, um brilho no escuro, algo que possa me mostrar à saída, que posa preencher essa folha branca que jaz em minha vida; poderá eu caminhar deixando rastros infindáveis na areia.
    
    Eu quero fugir para longe desses olhos e olhares que veem, mas nada enxergam alem de si mesmos, eu quero o imaginário mundo das fadas, onde sonhos são necessários à alma.

quinta-feira, 26 de julho de 2012


                       Primitiva infância duradoura.


Onde perdi o que nunca foi meu
E que era tão seu?
Onde vou buscar
Alguém para ocupar seu lugar?

Éramos crianças,
Ainda tenho tristes lembranças
Do teu semblante,
Que ocorre a mim num instante.

Onde estás a morar?
Quem estás a amar?
Ainda pensas em mim?
Meus versos ainda nutrem teu jardim?

A cada partida,
De mim sumia um pouco de vida
E o que sobrou achou saída,
Junto a tua ida.

Poderia eu procurar
O que de ti perdeu?
Conseguiria achar
Vestígios do meu eu que era tão seu?

Noites em claro
Trazem o que é raro,
Um sentimento fugaz,
Sem restar rastros de paz.  

Onde esta você?
Me diga
Coloco-me a perder
Talvez assim consiga.                                                             


Voo sob nossas asas imaginárias,

Em direções certas e contrárias.
Me iludo em si,
Por não se esquecer de ti.
Não quero esquecer-me de ti.

terça-feira, 24 de julho de 2012


                  A procura de nós mesmos

É parece que o mundo nos deu as costas,
Parece que estamos a sós.
Não vejo nada ao nosso redor,
Parece que perdemos a aposta.

E se dissermos  adeus,
Aos planos meus,
Ao planos seus.

Vamos andar pela calçada
Já que é tarde e madrugada.
E se para nós o sol não aparecer
Não nos resta nada a fazer.

Estamos em chamas, voltando ao mesmo lugar,
E não podemos amar.
Querem nos trancafiar, em quartos escuros
Sob tetos inseguros.

Mas ainda há o amanhã.
Poderemos ver nossa feridas sãs,
Poderemos sorrir,
E na poeira da estrada prosseguir.

E se dissermos  adeus,
Aos planos meus,
Ao planos seus.

E se sairmos sob nossas asas,
Fugir sem rumo, sem voltar pra casa.
E se ditarmos nossa lei
Botar em papel todo nosso céu.

segunda-feira, 23 de julho de 2012


 Versos Perdidos


Perdi tantos versos,
Pedaços de céu
Feito em papel,
Gotas de esperança bela
Em letra singela.

Perdi a calma
Por tê-los perdidos,
Foi-se um pedaço d’alma
Por versos esquecidos.

sábado, 21 de julho de 2012



                     
                              "Mundo de cães"

  Mancharam tua alma, tiraram tua calma, lhe disseram palavras sujas de sangue, cortaram com navalha tua honra. E ainda lhe pedem tranquilidade, lhe pedem para rezar em meio a tiros e mortes de uma guerra, guerra esta, que cuja vitoria nunca será tua gloria.


  Se quiseres retenção, lute, morra por sonhos, renasça das derrotas. Tampe os ouvidos para vozes que querem te derrubar, feche os olhos para as luzes que podem e irão te cegar.

  Feroz mundo cão, maculado por sangue e por sonhos destroçados. Acorrenta-te e grita a ti para sonhar, os pulsos fracos sua essência esta posta à aposta, para ser reduzida ao pó do jogo. O que pode oferece para não padecer? Já percebeu que tudo é uma luta verdadeiramente falsa? E que o vencedor e quem se submeter a sacrificar-se.

  Querem tua graça, querem tua força, querem teu ego, tua vida, tua escassez de sonhos, tua coragem para lutar e a falta dela para debater.

Não te querem, querem o que tens para evoluí-los.

sexta-feira, 20 de julho de 2012



Os meus dedos estão calejados
De tanto escrever
O que ninguém vai ler,
Existe sempre algo mais almejado.
Tem-se uma primeira opção,
Mesmo não sendo de coração.

Eu vou estar
Naquela frase rasgada
Num canto qualquer.
Eu vou ser
Um falso pesadelo
Para quem nunca sonhou.                                          

quinta-feira, 19 de julho de 2012


Um ser sem alma é como uma flor de jade sem pétalas, seria o mais belo com sua essência, com suas pétalas. Nossas pétalas são mais pesadas que chumbo e mais forte que aço.

quarta-feira, 18 de julho de 2012


Mais uma madrugada,
Mais um café.
A cidade parada
E perco um pouco mais de fé.


Uma inércia de sonhos
E maus aos quais me disponho.
Uma noite triste
Nela nada existe.

Eu quis andar um pouco mais e vi que meus pés me levariam a uma estrada de curvas e mata fechada, onde não posso ver o que vem na contra mão e nem o que se esconde por entre os galhos, onde não posso ver a dimensão imensurável que um passo a mais pode mostrar.
Só havia duas opções cabíveis a mim, escalar ou fica sonhando com a paisagem que o topo poderia me mostrar. Não quis ficar imaginando um final nem o idealizando, simplesmente estou indo, se eu cair a dor sera compensada pela paisagem guardada a meus olhos.