quinta-feira, 26 de julho de 2012


                       Primitiva infância duradoura.


Onde perdi o que nunca foi meu
E que era tão seu?
Onde vou buscar
Alguém para ocupar seu lugar?

Éramos crianças,
Ainda tenho tristes lembranças
Do teu semblante,
Que ocorre a mim num instante.

Onde estás a morar?
Quem estás a amar?
Ainda pensas em mim?
Meus versos ainda nutrem teu jardim?

A cada partida,
De mim sumia um pouco de vida
E o que sobrou achou saída,
Junto a tua ida.

Poderia eu procurar
O que de ti perdeu?
Conseguiria achar
Vestígios do meu eu que era tão seu?

Noites em claro
Trazem o que é raro,
Um sentimento fugaz,
Sem restar rastros de paz.  

Onde esta você?
Me diga
Coloco-me a perder
Talvez assim consiga.                                                             


Voo sob nossas asas imaginárias,

Em direções certas e contrárias.
Me iludo em si,
Por não se esquecer de ti.
Não quero esquecer-me de ti.

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