"Em tradução: Sonhos"
Sonhos são frágeis,
Sonho do passado
Num canto guardado;
Sonhos são vis,
Sonho esquecido
Num peito ferido.
Sonhos acalmam
Os olhos cegos
Do majestoso ego,
Sonhos levam
A falta de esperança,
Da humilde criança.
Sonhos dão asas
Mas, deixam raízes
Que marcam cicatrizes;
Sonhos dão casa
Mas, são fracas paredes
E não suportam nem rede.
Sonho é vida,
A estrada feita e seguida
Com sorrisos e feridas;
Sonho é papel,
Que se desenha o céu
Ou dele se faz escarcéu.
"Papéis ao chão."
Trancafiado em um quarto escuro
Minhas palavras foram caladas,
As regras de silêncio estão claras.
Estas correntes que estão em mim
Eu mesmo as coloquei.
Sonhos são feitos de papel
Para se acabar,
Palavras são ditas
Para se calar.
Não tenho nostalgia,
Meu passado ainda esta por vir.
Eu tenho falta
Mas, não quero voltar.
Sonhos rasgados pelo chão,
Eu mesmo os cortei.
Cadê?...
Não sei o que procurar.
Destino?...
Não sei por onde andar.
Viver?...
Não sei o que fazer
Mas, ainda há o que fazer.
O trem ainda não parou
Ainda posso encontrar
Pedaços do meu ser
Antes da minha estação.