domingo, 24 de março de 2013



                "Café! Novamente."


O café esfriou,
Mas quando quente
Me queimou.

As marcas do amor
Que vivemos
Na vida, fez-se partida
No adeus que te deixei.

Na serenidade
Declarávamos guerra.
Eu, um soldado sem lança;
Tu, um exército de escudo.

Me pergunto:
"Porque não tentas mais uma vez?"
"O café esfriou, e na solidão é meu lugar."
Me respondo.

Um garçom (destino) vem em minha direção:
"O que desejas?"
"Café quente, por favor."
"Dentro de instantes trazer-lhe-ei."
"Tenho pressa, necessito me queimar,
Sangrar por um novo motivo, 
com novas queimaduras."
"Acalme-se senhor! O café virá,
Mas quando estiver em estado de consumo."
"Eu aguardo, novamente."

Eu espero pelo café,
Novamente,
Como quem anseia
Por um sopro vital.

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