sexta-feira, 11 de abril de 2014

    
   "Leia-me universo."




    Oi, alguém me ouve!? Ouço silêncio, então olho para mim e para o universo e sinto uma paz que parece tomar meu corpo e se apossa das minhas entranhas, uma paz que somente o universo e a sensação de estar só pode me oferecer, essa paz que me transborda a alma, eu me sinto maior que a mim mesmo, por isso pergunto "alguém aí pode me ouvir? Pode me ler?".

    Tem horas, nessa vida tão grande, tão inconstante, em que buscamos um espaço entre nós, onde o silêncio, o vazio, o oco presente em nossos peitos, é a única coisa que nos consola; onde parece que drogas, bebidas, nada ocupa esse vazio, essa solidão presente em nós; onde é preciso estar só, é preciso sentir nossa dor para assim entendermos a dor do próximo, a dor do outro. Cada pessoa que passa nessa rua, que passa nesse mundo, deixa alguma pegada, por mais infimamente pequena que seja, todos que vêm soma, soma e depois some, é assim nossa lei, formidável mundo cão, não!? 

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